
Câncer de bexiga: o que é a doença de Roberto Justus

O empresário Roberto Justus, de 67 anos, revelou no dia 06/11 que fará quimioterapia por conta de um tumor maligno na bexiga. O câncer de bexiga é o segundo tumor urológico mais comum, atrás apenas do câncer de próstata. Apesar de comum, pouco se sabe sobre ele. Continue a leitura e saiba mais!
Em 2022, o número de diagnósticos de câncer de bexiga deve ultrapassar os 10 mil, sendo 7.590 homens e 3.050 mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No geral, a doença é três vezes mais comum em homens brancos e fumantes e acomete, principalmente, pessoas a partir dos 55 anos, com pico de incidência entre os 60 e 70 anos.
Além das variáveis de sexo, idade e etnia, alguns fatores de risco são: tabagismo, exposição a produtos químicos, exposição à fumaça do óleo diesel, uso de alguns medicamentos ou suplementos fitoterápicos, baixo consumo de líquidos, irritações e infecções crônicas (urinárias, cálculos nos rins e bexiga). Além disso, o histórico familiar com pessoas que tiveram câncer de bexiga, têm um risco aumentado para desenvolvimento da doença.
Sinais de alerta e diagnóstico
O sinal mais frequente da doença é a presença de sangue na urina (hematúria). Dependendo da quantidade de sangue, a urina pode ter uma cor alaranjada ou vermelha escura. Pequenas quantidades de sangue somente são identificadas em um exame de urina de rotina.
Outros sintomas de câncer de bexiga são inespecíficos, podendo indicar a presença de doenças. Por essa razão, é importante que um médico seja procurado para uma avaliação mais assertiva.
Ressalto que identificar sangue na urina não significa ter câncer na bexiga. O sangue pode ser causado por outros motivos, como infecção, tumores benignos, pedras nos rins ou outras doenças renais benignas.
Também são possíveis sintomas ou sinais de alerta para câncer de bexiga: micção frequente, maior que a habitual; sensação de dor ou queimação ao urinar; urgência em urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia; dificuldade para urinar ou fluxo de urina fraco.
Diferentes tipos de câncer de bexiga
O câncer de bexiga pode ser classificado em três tipos: carcinoma de células de transição (representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga); carcinoma de células escamosas (afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas) e adenocarcinoma (se inicia nas células glandulares - de secreção - que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação).
De acordo com o levantamento SEERS da American Cancer Society, as chances de cura do câncer de bexiga na fase mais precoce são de 96%. Quando a doença está localizada na bexiga, comprometendo camadas mais profundas ou a camada muscular, e não há sinais de que se espalhou para fora da bexiga, as chances de cura são de 69%.
Quando o câncer se espalhou da bexiga para estruturas próximas ou nódulos linfáticos, a taxa cai para 37%. Quando o câncer se espalhou para partes distantes do corpo, como pulmões, fígado ou ossos (metástase), as chances de cura ficam abaixo de 10%.
Tratamento
A indicação do tratamento depende do tipo de tumor e da fase em que a doença é descoberta. As principais modalidades cirúrgicas são:
- Ressecção transuretral da bexiga (RTUb) - usada para câncer superficial ou em estágio inicial. Nele, o tecido canceroso da bexiga é removido pela uretra.
- Cistectomia: remoção parcial ou completa da bexiga. É frequentemente usada em câncer de bexiga mais avançado. Os gânglios linfáticos próximos à bexiga também são removidos. A próstata é removida nos homens, e nas mulheres o útero, os ovários, as trompas de falópio e muitas vezes uma pequena parte da vagina.
- Técnicas de cirurgia minimamente invasiva: Como laparoscopia e procedimentos robóticos, também são indicados para alguns pacientes com câncer de bexiga.
Caso reconheça algum sintoma, procure um urologista especializado o mais rápido possível. E caso precise de ajuda, entre em contato comigo através da página de contato ou pelo WhatsApp (61) 99284-7537.